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Craniotomia

craniotomia
Imagem meramente ilustrativa - Banco de imagens: Freepik

A craniotomia é um procedimento cirúrgico delicado que envolve a abertura do crânio para acesso ao cérebro. Ela é amplamente utilizada para tratar uma série de condições neurológicas, como tumores cerebrais, hemorragias, aneurismas e traumas cranianos graves. 

Embora seja uma cirurgia complexa, a craniotomia tem se tornado mais segura e eficaz devido aos avanços em técnicas minimamente invasivas e ao uso de tecnologias modernas, como a neurocirurgia assistida por imagens.

O que é a craniotomia?

A craniotomia consiste na remoção temporária de uma parte do osso do crânio (chamado de “retalho ósseo”) para que o neurocirurgião possa acessar áreas do cérebro que necessitam de intervenção. 

Após o procedimento, esse fragmento ósseo é colocado novamente e fixado, geralmente com placas e parafusos. Em alguns casos, quando há necessidade de aliviar a pressão no cérebro, o retalho pode não ser recolocado imediatamente, resultando na chamada craniectomia descompressiva.

Esse procedimento pode ser feito de forma minimamente invasiva, com incisões pequenas e técnicas avançadas que garantem um menor impacto ao paciente e uma recuperação mais rápida. Dependendo do objetivo, a craniotomia pode ser planejada ou emergencial.

Quais as indicações para a craniotomia?

A craniotomia é indicada para múltiplas condições que afetam o cérebro e o crânio. Algumas das principais razões para esse procedimento incluem:

  • Tumores cerebrais: A remoção de tumores malignos ou benignos no cérebro é uma das principais indicações da craniotomia. A cirurgia permite ao médico acessar e remover o tumor, reduzindo a pressão intracraniana e melhorando a qualidade de vida do paciente.
  • Traumatismos cranianos: Em casos de lesões traumáticas graves, como acidentes de carro ou quedas, a craniotomia pode ser realizada para reduzir a pressão no cérebro causada por hematomas ou hemorragias.
  • Aneurismas cerebrais: Um aneurisma é uma dilatação em um vaso sanguíneo cerebral (arterial) que, se rompido, pode causar hemorragias fatais. A craniotomia permite a reparação desses aneurismas antes de sua ruptura ou a intervenção após uma hemorragia.
  • Epilepsia resistente a medicamentos: Pacientes que sofrem de epilepsia refratária, quando as convulsões não são controladas por medicamentos, podem se beneficiar de uma craniotomia para remover a área do cérebro que está causando as crises.

Como é o procedimento cirúrgico?

A craniotomia é realizada sob anestesia geral e pode levar várias horas, dependendo da complexidade do caso. Após a anestesia, o cirurgião faz uma incisão no couro cabeludo e, em seguida, remove parte do osso craniano para acessar o cérebro.

Se o objetivo for remover um tumor, o cirurgião usará instrumentos específicos para excisar o tecido doente, sempre tomando o cuidado de preservar as áreas funcionais do cérebro. Durante o procedimento, o uso de monitoramento intraoperatório e tecnologias de imagem ajudam a minimizar riscos e garantir maior precisão.

Ao final da cirurgia, o retalho ósseo é colocado novamente e fixado com pequenas placas e parafusos. Caso o objetivo seja descompressão, o osso removido pode ser preservado para ser recolocado em uma segunda cirurgia, após a recuperação inicial.

Quais são os cuidados pós-operatórios?

Após a craniotomia, o paciente geralmente é monitorado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) nas primeiras 24 a 48 horas, para garantir que a recuperação inicial seja segura e sem complicações. A dor e o inchaço ao redor do local da incisão são comuns, e medicamentos analgésicos são administrados para o alívio.

A recuperação completa pode levar várias semanas ou meses, dependendo do tipo de cirurgia e da condição do paciente antes da operação. Fisioterapia e terapia ocupacional podem ser recomendadas para ajudar o paciente a recuperar a força e a mobilidade.

Quais os riscos e complicações da cirurgia?

Como qualquer procedimento cirúrgico, a craniotomia envolve alguns riscos, como:

  • Infecção: Mesmo com cuidados rigorosos, infecções no local da incisão ou no interior do crânio podem ocorrer.
  • Hemorragia: Durante ou após a cirurgia, pode haver sangramento que pode necessitar de intervenções adicionais.
  • Edema cerebral: O inchaço no cérebro após a cirurgia é uma complicação potencial, especialmente em craniotomias para malformações vasculares. Em algumas doenças, como o AVC e trauma, o edema decorre da condição da doença do paciente.
  • Déficits neurológicos: Em alguns casos, o paciente pode apresentar déficits motores, de fala ou de cognição após a cirurgia, dependendo da área do cérebro que foi manipulada.

Avanços na craniotomia

Nos últimos anos, a neurocirurgia tem se beneficiado de grandes avanços tecnológicos que tornam a craniotomia mais segura e eficaz. Técnicas minimamente invasivas, bem como a cirurgia assistida por imagem, têm permitido aos cirurgiões tratar condições cerebrais complexas com menos riscos e uma recuperação mais rápida.

Além disso, o planejamento cirúrgico minucioso pré-operatório é a monitorização Neuro fisiológica tem contribuído para uma maior precisão e segurança na execução dos procedimentos, reduzindo a margem de erro e aumentando a taxa de sucesso. Logicamente que cada caso é único e o neurocirurgião avaliará cuidadosamente a necessidade da craniotomia e os benefícios que ela pode oferecer ao paciente.

Perguntas Frequentes

A craniotomia é um procedimento cirúrgico no qual parte do crânio é removida temporariamente para permitir o acesso ao cérebro. Esse procedimento é indicado em casos de tumores cerebrais, aneurismas, traumatismos cranianos, e algumas condições neurológicas graves, como epilepsia refratária e hidrocefalia. A decisão de realizar a craniotomia é baseada na necessidade de tratar uma condição que não pode ser resolvida por meios puramente clínicos.

Como qualquer cirurgia, a craniotomia envolve riscos. As complicações podem incluir infecção no local da incisão, hemorragias, edema cerebral (inchaço), e em alguns casos, déficits neurológicos temporários ou permanentes, como dificuldades motoras, de fala ou de memória. No entanto, a maioria dos riscos pode ser minimizada com cuidados médicos adequados e monitoramento pós-operatório.

O tempo de recuperação varia de acordo com a complexidade da cirurgia e a saúde geral do paciente. A internação hospitalar geralmente dura de alguns dias a uma semana. A recuperação completa pode levar de algumas semanas a vários meses. Durante esse período, o paciente pode necessitar de reabilitação física e acompanhamento médico contínuo para monitorar a cicatrização e a função neurológica.

Durante a cirurgia, o paciente está sob anestesia geral, então não sente dor. No entanto, no pós-operatório, pode haver dor ou desconforto na área da incisão. Essa dor é controlada com medicações analgésicas prescritas pelo médico. A maioria dos pacientes relata que a dor diminui significativamente nos primeiros dias após a cirurgia.

Em casos de craniotomia descompressiva, o osso removido pode não ser recolocado imediatamente para permitir que o cérebro tenha espaço para se expandir, aliviando a pressão causada pelo inchaço. O retalho ósseo pode ser colocado posteriormente, em uma segunda cirurgia, chamada de cranioplastia, após o cérebro estabilizar e o inchaço diminuir.

Responsável Técnica: Dra. Leticia Odo, MÉDICA – CRM-SP: 150.466
Especialidade: Cirurgia Plástica, RQE: 35.210