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Cirurgia para pedra na vesícula

Cirurgia para pedra na vesícula
Imagem meramente ilustrativa - Banco de imagens: Freepik

Sentir dor abdominal recorrente, especialmente após refeições gordurosas, pode ser o primeiro sinal de que há algo errado com a vesícula biliar. A presença de cálculos, popularmente conhecidos como pedras na vesícula, é uma condição comum que quando confirmada exige uma abordagem cirúrgica.

A cirurgia para pedra na vesícula é um procedimento seguro, amplamente realizado e com alta taxa de sucesso. Neste conteúdo, você vai entender em quais casos ela é indicada, como funciona a operação e por que ela é considerada o tratamento definitivo para a litíase biliar.

O que são pedras na vesícula?

As pedras na vesícula, ou cálculos biliares, se formam a partir do acúmulo de colesterol ou pigmentos na bile. Elas podem permanecer silenciosas por anos ou provocar sintomas como cólicas abdominais, náuseas, distensão e má digestão, especialmente após refeições ricas em gordura.

Por que a cirurgia para pedra na vesícula é indicada?

Mesmo quando as pedras da vesícula são assintomáticas a cirurgia é indicada pois as complicações das pedras podem ocorrer de forma inesperada e sem nenhum aviso prévio. 

A cirurgia é indicada a se realizar o mais rápido possível nos seguintes cenários pois já evidenciam alguma complicação da presença das pedras na vesícula biliar:

  • Crises de dor abdominal recorrente, especialmente após refeições gordurosas (cólica biliar);
  • Inflamação da vesícula (colecistite aguda);
  • Complicações como icterícia, pancreatite ou infecção;
  • Presença de pólipos ou alterações estruturais, como espessamento da parede da vesícula;
  • Pacientes com comorbidades, como diabetes ou imunossupressão;

A recomendação cirúrgica é feita por um especialista após avaliação clínica com anamnese cuidadosa e exame físico criterioso. 

Tipos de cirurgia para pedra na vesícula

Colecistectomia videolaparoscópica

É a técnica mais utilizada. Realizada por pequenas incisões no abdome, permite a retirada da vesícula com auxílio de uma microcâmera e instrumentos delicados. A cirurgia é minimamente invasiva, oferece menor dor pós-operatória e recuperação rápida.

Cirurgia robótica

A evolução da laparoscopia chegou à cirurgia robótica, uma abordagem ainda mais precisa, realizada com o auxílio de braços robóticos controlados pelo cirurgião. Entre os principais benefícios estão:

  • Visão tridimensional ampliada do campo cirúrgico;
  • Movimentos mais delicados e precisos, mesmo em áreas de difícil acesso;
  • Redução do trauma nos tecidos;
  • Recuperação rápida e com ainda menos dor;
  • Maior controle em cirurgias complexas ou pacientes com anatomias alteradas.

Embora nem todos os casos exijam a tecnologia robótica, ela pode ser indicada em situações específicas, de acordo com a avaliação médica e a infraestrutura hospitalar disponível.

Saiba mais sobre o tem em nossos textos sobre: Colecistectomia videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.

Como é feita a cirurgia para pedra na vesícula?

A cirurgia mais utilizada atualmente para remover a vesícula biliar com cálculos é chamada de colecistectomia videolaparoscópica. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, realizado com o auxílio de uma microcâmera e instrumentos delicados, por meio de pequenas incisões no abdome.

Cirurgia robótica: uma alternativa ainda mais precisa

Em hospitais com estrutura avançada, a cirurgia pode ser realizada com o auxílio de um sistema robótico. Nessa técnica, o cirurgião controla braços robóticos que executam os movimentos com ainda mais precisão e estabilidade. A cirurgia robótica também é feita por pequenas incisões, oferece visão 3D ampliada, menor trauma cirúrgico e recuperação rápida.

A escolha entre laparoscopia e robótica depende da avaliação médica, do perfil clínico do paciente e da estrutura hospitalar disponível.

Por que a cirurgia é segura?

A colecistectomia, tanto por vídeo quanto por robô, é considerada uma das cirurgias abdominais mais seguras. Com anestesia geral e tempo médio de 30 a 60 minutos, a maioria dos pacientes recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte. O risco de complicações é baixo, principalmente quando o procedimento é realizado por equipes experientes.

A remoção da vesícula elimina de forma definitiva o problema dos cálculos e previne crises, inflamações e episódios mais graves.

O que acontece se não operar?

Adiar ou recusar a cirurgia pode levar a complicações como:

  • Colecistite aguda (infecção da vesícula);
  • Pancreatite biliar (inflamação do pâncreas causada por cálculo);
  • Obstrução dos canais biliares;
  • Infecções generalizadas (sepsis) em casos graves;
  • Risco de perfuração da vesícula, uma emergência cirúrgica.

Por isso, uma vez indicada, a cirurgia deve ser realizada no momento oportuno, mesmo em pacientes sem sintomas aparentes.

Pós – operatório cirurgia para pedra na vesícula

A recuperação costuma ser rápida.  É necessário que o paciente tenha alguns cuidados essenciais para que não sinta dor e tampouco desconforto. Em geral:

  • Seguir a prescrição passada pelo médico;
  • Ter alguém para poder ajudá-lo a sentar, deitar ou levantar;
  • Se sentir dor no ombro ou no peito, é aconselhável ingerir líquidos quentes. Este tipo de dor é por causa dos gases que inflamam a barriga durante o procedimento cirúrgico;
  • Atividades leves e trabalho podem ser retomadas em até 7 dias;
  • Atividades físicas entre 20 e 30 dias;
  • A alimentação precisa ser leve nas primeiras semanas, com redução de gorduras e frituras.
  • Evite o consumo de qualquer bebida gaseificada, assim como também as alcoólicas;
  • Consuma frutas que evitam a constipação como laranja, mamão e melancia;
  • Evite se expor ao sol por 180 dias;
  • Trocar os curativos conforme a orientação médica
  • Mantenha a região da cirurgia sempre seca;
  • Utilize roupas confortáveis após realizar a retirada da vesícula.
  • Diarreia (que acontece em 30% dos pacientes operados) cessa sozinha no prazo de 6 meses a 1 ano.

A digestão continua funcionando normalmente após a remoção da vesícula. O corpo se adapta à nova dinâmica biliar com o tempo, e o paciente pode voltar a uma vida plena e sem restrições significativas.

Fique atento se sentir os seguintes sintomas: dor intensa, excessiva e crescente, temperatura alta, dor ou vômito frequente, vermelhidão ou inchaço na ferida, amarelamento da pele e da parte branca dos olhos, urina escura e fezes claras. Busque ajuda médica imediatamente.

A importância da avaliação especializada

A decisão entre cirurgia laparoscópica ou robótica depende da indicação clínica, do perfil do paciente e da estrutura disponível. Somente o cirurgião, após avaliação completa e exames de imagem, poderá indicar a melhor abordagem para cada caso.

Exames como ultrassonografia, exames laboratoriais e, em alguns casos, ressonância magnética ou colangiografia ajudam a confirmar o diagnóstico e planejar a conduta com precisão.

A cirurgia para pedra na vesícula é segura, eficaz e, quando bem indicada, evita complicações graves que podem colocar a saúde em risco. As técnicas atuais, videolaparoscópica e robótica, oferecem resultados previsíveis, recuperação acelerada e excelentes índices de sucesso.

Se você recebeu o diagnóstico de litíase biliar ou sente dor abdominal recorrente, não adie a avaliação. O tratamento certo no momento certo garante mais saúde, segurança e qualidade de vida.

Responsável Técnica: Dra. Leticia Odo, MÉDICA – CRM-SP: 119.751
Especialidade: Cirurgia Plástica, RQE: 35.510