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Gastrite e Úlcera

gastrite e úlcera
Imagem meramente ilustrativa - Banco de imagens: Freepik

O que é Gastrite?

Gastrite é uma inflamação, irritação ou erosão do revestimento do estômago. Pode ocorrer de forma aguda (súbita e grave) ou crônica (longa duração). A mucosa gástrica, que é a camada protetora do estômago, fica danificada e inflamada, o que pode resultar em uma série de sintomas desconfortáveis.

Quais os sintomas da gastrite?

Os sintomas da gastrite podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da causa e da gravidade da condição, mas geralmente incluem:

  • Dor ou desconforto abdominal: Geralmente, a dor está localizada na parte superior do abdome e pode ser aguda ou como uma sensação de queimação.
  • Náuseas e vômitos: Algumas pessoas podem sentir náuseas e, ocasionalmente, vômitos podem ocorrer.
  • Sensação de plenitude: Pode ocorrer uma sensação de plenitude ou inchaço no estômago, especialmente após as refeições.
  • Perda de apetite: Devido ao desconforto e dor, pode haver uma redução no apetite.
  • Eructação (arroto) e regurgitação: A irritação gástrica pode causar aumento dos arrotos e, às vezes, regurgitação do conteúdo ácido para o esôfago.
  • Fezes escuras ou sangue no vômito: Em casos mais graves, onde há erosão da mucosa gástrica, pode ocorrer sangramento, evidenciado por fezes escuras ou presença de sangue no vômito.

Se você estiver enfrentando esses sintomas, é importante consultar um médico para um diagnóstico e tratamento adequado. Um profissional de saúde pode realizar uma avaliação completa, incluindo possivelmente uma endoscopia, para visualizar diretamente o revestimento do estômago e avaliar a extensão da inflamação ou erosão.

O que causa a gastrite?

A gastrite pode ser causada por diversos fatores que irritam e inflamam a mucosa do estômago. Aqui estão as causas mais comuns:

  • Infecção por Helicobacter pylori: Uma das causas mais frequentes de gastrite crônica. Esta bactéria coloniza a mucosa do estômago e pode levar a inflamação crônica e até ao desenvolvimento de úlceras ou câncer gástrico se não tratada.
  • Uso prolongado de AINEs (Anti-inflamatórios não esteróides): Medicamentos AINEs podem causar irritação e erosão da mucosa gástrica, levando à gastrite.
  • Consumo excessivo de álcool: O álcool pode irritar e erodir a mucosa do estômago, resultando em inflamação.
  • Estresse crônico: Tanto o estresse físico quanto o emocional podem influenciar a saúde do estômago, especialmente em situações de estresse severo, como doenças críticas, cirurgias ou ferimentos graves (gastrite de estresse).
  • Refluxo biliar: O refluxo de bile para o estômago, especialmente comum após cirurgias como a remoção da vesícula biliar, pode causar gastrite.
  • Doenças autoimunes: Em alguns casos, o sistema imunológico do corpo ataca as células do estômago, causando gastrite autoimune.
  • Alimentação: Comidas muito condimentadas, ácidas ou alimentos que a pessoa é sensível também podem contribuir para a irritação da mucosa gástrica.

É importante identificar a causa subjacente da gastrite para que o tratamento adequado possa ser administrado e prevenir a recorrência ou o agravamento da condição.

Como é feito o diagnóstico da gastrite?

O diagnóstico da gastrite geralmente envolve uma combinação de avaliações clínicas, exames e procedimentos para entender as causas e a extensão da inflamação no estômago. Aqui estão as principais abordagens utilizadas:

Histórico Médico e Avaliação dos Sintomas:

  • O médico inicialmente perguntará sobre os sintomas, histórico de saúde, uso de medicamentos (como AINEs), hábitos de consumo de álcool e dieta. Isso ajuda a identificar possíveis causas da gastrite.

Exame Físico:

  • Durante o exame físico, o médico pode pressionar diferentes áreas do abdome para verificar se há dor ou sensibilidade, o que pode indicar inflamação.

Endoscopia Superior:

  • A endoscopia é o exame mais comum para diagnosticar gastrite. Um tubo fino e flexível com uma câmera (endoscópio) é inserido pela boca até o estômago para visualizar diretamente o revestimento do estômago. Este procedimento permite que o médico observe sinais de vermelhidão, inchaço ou erosões na mucosa gástrica e, se necessário, realize biópsias.

Testes para Helicobacter pylori:

    • Se suspeitar de uma infecção por H. pylori, o médico pode solicitar testes específicos para detectar esta bactéria. Estes podem incluir testes respiratórios, exames de sangue, testes de fezes ou biópsias coletadas durante a endoscopia.

Exames de Sangue:

  • Exames de sangue podem ser realizados para verificar anemia (que pode ser causada por sangramento crônico no estômago) ou para detectar outras infecções e problemas relacionados.

Testes de Fezes:

  • Exames de fezes podem verificar a presença de sangue oculto, que pode indicar sangramento decorrente de gastrite ou úlceras.

Esses métodos ajudam a confirmar a presença de gastrite, determinar sua causa e orientar as opções de tratamento adequadas. Se você estiver enfrentando sintomas que sugerem gastrite, é essencial consultar um médico para um diagnóstico correto e tratamento eficaz.

Como é o tratamento para gastrite?

O tratamento para gastrite varia dependendo da causa subjacente, mas geralmente envolve uma combinação de medicamentos, mudanças na dieta e no estilo de vida. Aqui estão as principais abordagens:

Medicamentos:

  • Redutores de ácido: Que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago para aliviar a irritação e permitir a cura da mucosa.
  • Tratamento para erradicar a Helicobacter pylori: Se a gastrite for causada por essa infecção bacteriana, uma combinação específica de medicamentos pode ser usada para eliminá-la.

Mudanças na dieta e no estilo de vida:

  • Evitar alimentos irritantes: Como condimentos picantes, alimentos ácidos, gordurosos e frituras que podem piorar os sintomas.
  • Reduzir o consumo de álcool: O álcool pode agravar a inflamação do estômago.
  • Parar de fumar: O fumo pode interferir com a proteção natural do estômago contra o ácido gástrico.

Comer pequenas refeições frequentes: Isso pode ajudar a evitar a sobrecarga do estômago e a produção excessiva de ácido.

Controle do estresse:

  • Técnicas de relaxamento: Como yoga, meditação e outras estratégias para reduzir o estresse, que podem ser úteis, especialmente se a gastrite tiver um componente emocional ou psicológico.

Essas medidas não apenas ajudam a controlar e aliviar os sintomas da gastrite, mas também são importantes para prevenir a recorrência da condição. É essencial seguir as recomendações do médico e manter um acompanhamento regular, especialmente se os sintomas persistirem ou se houver sinais de complicações. Se houver qualquer sinal de alarme, como vômito com sangue ou fezes escuras, procure atendimento médico imediatamente.

O que é úlcera?

Uma úlcera, também conhecida como úlcera péptica, é uma ferida aberta que se forma no revestimento interno do estômago ou na parte superior do intestino delgado.

Quais os tipos de úlcera?

As úlceras podem ser classificadas em vários tipos, dependendo de sua localização e da causa subjacente. Aqui estão os tipos mais comuns de úlceras:

  • Úlcera gástrica: Forma-se no revestimento do estômago. Pode ser causada por infecção por Helicobacter pylori, uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), e outros fatores como estresse e consumo excessivo de álcool.
  • Úlcera duodenal: Ocorre no duodeno, que é a primeira parte do intestino delgado. É mais comum que a úlcera gástrica e frequentemente associada à infecção por H. pylori.
  • Úlcera esofágica: Desenvolve-se no esôfago. Geralmente está associada ao refluxo gastroesofágico, onde o ácido do estômago sobe para o esôfago, causando irritação e erosão do revestimento esofágico.
  • Úlcera péptica: Termo genérico que pode referir-se a qualquer úlcera que ocorre no estômago ou no intestino delgado, incluindo tanto as úlceras gástricas quanto as duodenais.
  • Úlcera de estresse: Pode se formar em situações de estresse físico severo, como em pacientes gravemente enfermos ou após cirurgia. Essas úlceras são causadas principalmente pela redução do fluxo sanguíneo para o estômago.

Cada tipo de úlcera pode ter características e tratamentos específicos, dependendo da causa e da gravidade dos sintomas. Tratar a condição subjacente e gerenciar os fatores de risco são essenciais para a cura eficaz da úlcera e prevenção de complicações.

Quais são os sintomas da úlcera? 

Os sintomas de uma úlcera variam, mas geralmente incluem:

  • Dor abdominal: Uma dor ardente ou sensação de queimação no meio do abdome, entre o esterno e o umbigo. Essa dor frequentemente ocorre quando o estômago está vazio, como entre as refeições ou à noite, e pode ser temporariamente aliviada por alimentos ou medicamentos que reduzem a acidez estomacal.
  • Inchaço: Sensação de estufamento ou inchaço abdominal.
  • Indigestão: Desconforto digestivo geral, como azia, náuseas ou arrotos.
  • Perda de apetite: Devido ao desconforto associado à úlcera.
  • Perda de peso: Não intencional, devido à dor ou desconforto após a alimentação.
  • Náuseas e vômitos: Em alguns casos, podem ocorrer náuseas, e os vômitos podem conter sangue, indicando uma complicação mais grave.
  • Mudanças nas fezes: Fezes mais escuras ou alcatroadas, que podem indicar a presença de sangue digerido, um sinal de sangramento na úlcera.

Qual o tratamento de úlcera?

O tratamento de úlceras pépticas geralmente envolve uma combinação de medicamentos e mudanças no estilo de vida para aliviar os sintomas, promover a cicatrização da úlcera e prevenir recorrências. Aqui estão as principais abordagens para o tratamento de úlceras:

Medicamentos:

  • Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Esses medicamentos reduzem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, facilitando a cicatrização das úlceras.
  • Bloqueadores dos receptores H2: Também reduzem a produção de ácido no estômago, embora sejam geralmente considerados menos potentes que os IBPs.
  • Antibióticos: Se a úlcera for causada pela bactéria Helicobacter pylori, um tratamento com uma combinação de antibióticos será necessário para erradicar a infecção.
  • Protetores da mucosa: Medicamentos que ajudam a proteger o revestimento do estômago e do intestino, permitindo que a úlcera cicatrize.

Mudanças no Estilo de Vida:

  • Dieta: Evitar alimentos que irritam o estômago, como aqueles que são muito condimentados, ácidos ou gordurosos.
  • Evitar álcool e fumar: Ambos podem piorar os sintomas das úlceras e interferir na cicatrização.
  • Gerenciamento do estresse: Técnicas de redução de estresse podem ajudar a diminuir os sintomas ou prevenir a formação de novas úlceras.

Monitoramento e Acompanhamento Médico:

  • É importante fazer um acompanhamento regular com um médico para monitorar a resposta ao tratamento e fazer ajustes conforme necessário.

Essas medidas são fundamentais para tratar as úlceras efetivamente e prevenir complicações graves, como sangramento ou perfuração, que podem requerer intervenção cirúrgica. Se você suspeitar que tem uma úlcera, é essencial buscar orientação médica para obter um diagnóstico correto e o tratamento apropriado.

Qual a diferença entre gastrite e úlcera?

Gastrite e úlcera são condições relacionadas ao trato digestivo, mas elas diferem em gravidade e localização da lesão no revestimento do estômago ou intestino. Aqui estão as principais diferenças entre as duas:

Gastrite

  • Definição: Gastrite é a inflamação do revestimento do estômago. Ela pode ser aguda, surgindo rapidamente e durando um curto período, ou crônica, desenvolvendo-se gradualmente e persistindo por um longo tempo.
  • Causas: Pode ser causada por diversos fatores, incluindo infecções (como a causada pela bactéria Helicobacter pylori), uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), consumo excessivo de álcool, estresse e autoimunidade.
  • Sintomas: Dor ou desconforto no abdome superior, náuseas, vômitos, perda de apetite e, em casos graves, sangramento.

Úlcera 

  • Definição: Uma úlcera é uma ferida aberta que se forma no revestimento interno do estômago (úlcera gástrica) ou no duodeno, que é a primeira parte do intestino delgado (úlcera duodenal).
  • Causas: Frequentemente causada pela mesma bactéria que provoca muitos casos de gastrite (Helicobacter pylori) ou pelo uso crônico de AINEs. O estresse e o tabagismo também são fatores de risco.
  • Sintomas: Dor aguda no estômago que pode melhorar ou piorar com a alimentação, náuseas, perda de peso, e em situações de sangramento, vômito de sangue ou fezes escuras e alcatroadas.

Comparação

  • Localização e Severidade: A gastrite é geralmente uma condição menos grave e mais superficial que afeta apenas a camada superior do revestimento do estômago, enquanto as úlceras são erosões mais profundas que penetram mais nas camadas do estômago ou intestino.
  • Tratamento: Ambas as condições podem necessitar de tratamento com medicamentos que reduzem ou neutralizam o ácido estomacal e, se causadas por H. pylori, tratamento antibiótico. No entanto, úlceras podem exigir intervenções mais intensivas, especialmente se houver complicações como sangramento.

Apesar de suas diferenças, a gastrite e a úlcera péptica podem coexistir e frequentemente compartilham causas comuns e abordagens terapêuticas. Ambas necessitam de acompanhamento médico para manejo adequado e prevenção de complicações.

Relação entre Refluxo Gastroesofágico, Gastrite e Úlcera

O refluxo gastroesofágico, comumente chamado de refluxo ácido, ocorre quando o ácido estomacal retorna ao esôfago, causando sintomas como azia e irritação. Este fenômeno está intimamente relacionado com gastrite e úlceras devido aos seguintes aspectos:

  • Inflamação do estômago: Assim como a gastrite, o refluxo pode inflamar o estômago e o esôfago, piorando as condições existentes de gastrite e aumentando o risco de úlceras.
  • Erosão da mucosa: O ácido que escapa do estômago pode erodir as paredes do esôfago e do estômago, potencializando o desenvolvimento de úlceras e agravando a gastrite existente.
  • Sintomas overlapping: Muitos dos sintomas do refluxo, como azia e desconforto abdominal, são semelhantes aos da gastrite e úlceras, o que pode complicar o diagnóstico e o tratamento se não forem adequadamente diferenciados.

Portanto, é crucial abordar o refluxo como parte do tratamento da gastrite e úlceras, já que a gestão eficaz do ácido estomacal é essencial para aliviar os sintomas e promover a cicatrização da mucosa. O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos que desencadeiam o refluxo, elevar a cabeceira da cama para dormir, e medicamentos que reduzem a produção de ácido. Com abordagens integradas, é possível controlar efetivamente essas condições inter-relacionadas e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Existe algum risco?

Gastrite e úlceras, se não tratadas adequadamente, podem apresentar riscos significativos para a saúde, incluindo complicações que podem ser potencialmente ameaçadoras à vida. Aqui estão algumas das complicações possíveis:

  • Sangramento: Tanto a gastrite quanto as úlceras podem causar sangramento no revestimento do estômago ou do intestino. Se severo, esse sangramento pode levar a uma anemia significativa ou exigir intervenção médica urgente para estancar o sangue.
  • Perfuração: Uma úlcera pode perfurar a parede do estômago ou do intestino, criando um orifício. Isso é muito grave e pode levar a uma infecção peritoneal (peritonite), necessitando de cirurgia de emergência.
  • Estenose pilórica: Úlceras localizadas no duodeno ou estômago podem causar cicatrizes, levando ao estreitamento do piloro (a abertura do estômago para o intestino delgado), o que pode obstruir a passagem de alimentos e exigir tratamento cirúrgico.
  • Câncer: Embora mais raro, existe um risco aumentado de câncer de estômago em pessoas com gastrite crônica, especialmente se causada por infecção crônica por Helicobacter pylori ou gastrite autoimune crônica.

É importante destacar que, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a maioria dessas complicações pode ser evitada. Se você tem sintomas persistentes de gastrite ou úlcera, é crucial procurar avaliação médica para obter o tratamento correto e monitorar sua condição regularmente.

Você tem alguns destes sintomas? Agende agora mesmo uma consulta com nosso especialista Dr. Samuel Okazaki.

Responsável Técnica: Dra. Leticia Odo, MÉDICA – CRM-SP: 150.466
Especialidade: Cirurgia Plástica, RQE: 35.210