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Disbiose Intestinal

Disbiose Intestinal
Imagem meramente ilustrativa - Banco de imagens: Freepik

O que é disbiose intestinal?

A disbiose intestinal é um desequilíbrio na composição da microbiota intestinal, ou seja, uma alteração nas populações de microrganismos que vivem no trato gastrointestinal. Esse desequilíbrio pode envolver um aumento dos microrganismos potencialmente prejudiciais e/ou uma diminuição dos benéficos, afetando negativamente a saúde do hospedeiro.

O que causa a disbiose intestinal? 

A disbiose intestinal, um desequilíbrio na comunidade de microrganismos do trato digestivo, pode ser causada por uma variedade de fatores que impactam a saúde do intestino. Aqui estão as principais causas:

  • Dieta inadequada: Uma alimentação pobre em fibras e alta em gorduras, açúcares e alimentos processados pode favorecer o crescimento de bactérias prejudiciais e suprimir as benéficas.
  • Uso excessivo de antibióticos: Antibióticos podem matar bactérias patogênicas, mas também destroem bactérias benéficas no intestino, perturbando o equilíbrio microbiológico.
  • Estresse crônico: O estresse pode afetar o funcionamento do sistema gastrointestinal e alterar a composição da microbiota intestinal.
  • Infecções intestinais: Infecções por patógenos podem alterar a microbiota intestinal e levar a um desequilíbrio duradouro.
  • Doenças inflamatórias: Condições como a doença de Crohn e colite ulcerativa podem causar inflamação crônica no intestino, impactando negativamente a microbiota.
  • Uso de outros medicamentos: Além dos antibióticos, medicamentos como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e inibidores da bomba de prótons também podem contribuir para a disbiose.
  • Consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode danificar o revestimento intestinal e alterar a microbiota.

Quais são os tipos de disbiose intestinal?

Cada uma dessas causas pode contribuir individualmente ou em combinação para desencadear a disbiose, levando a uma série de sintomas digestivos e sistêmicos. A gestão eficaz geralmente envolve abordar essas causas subjacentes, ajustando a dieta e o estilo de vida, e, quando necessário, utilizando probióticos ou outros tratamentos para restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal.

Existem três categorias principais de disbiose intestinal que ajudam a compreender os desequilíbrios no microbioma e a orientar as intervenções terapêuticas. Cada tipo reflete um padrão distinto de alteração na microbiota intestinal, que pode afetar a saúde de maneiras diferentes:

Tipo 1: Redução de bactérias benéficas

Este tipo de disbiose ocorre quando há uma perda significativa de bactérias benéficas no intestino. Essas bactérias desempenham um papel crucial na digestão, na produção de vitaminas e na proteção contra patógenos. A redução dessas bactérias pode resultar em problemas digestivos, uma maior suscetibilidade a infecções intestinais e outros problemas de saúde.

Tipo 2: Aumento de bactérias nocivas

Neste cenário, há um crescimento excessivo de bactérias nocivas no intestino. Essas bactérias podem causar inflamação, infecções e outros sintomas desconfortáveis, como diarreia, gases e inchaço. Esse desequilíbrio pode ser desencadeado por fatores como uso excessivo de antibióticos, dieta inadequada e condições inflamatórias.

Tipo 3: Perda de diversidade microbiana

A diversidade microbiana é fundamental para um sistema digestivo saudável. Quando há uma perda de diversidade no microbioma intestinal, tanto bactérias benéficas quanto nocivas são reduzidas. Isso pode comprometer a capacidade do intestino de responder a desafios de saúde, afetar a digestão de diversos alimentos e impactar a saúde geral e a imunidade.

Para diagnosticar e tratar adequadamente a disbiose intestinal, é importante a consulta com um gastroenterologista ou um especialista em microbioma, que pode recomendar exames específicos e tratamentos personalizados baseados no tipo de disbiose identificado e nos sintomas apresentados.

Quais os sintomas da disbiose intestinal?

A disbiose intestinal pode se manifestar por uma variedade de sintomas que afetam principalmente o sistema digestivo, mas também podem ter impactos sistêmicos. Os sintomas mais comuns:

Problemas digestivos

  • Inchaço e gases: Sensação de plenitude e flatulência frequente.
  • Diarreia: Fezes soltas e frequentes.
  • Constipação: Dificuldade em evacuar regularmente.
  • Dor abdominal: Cólica e desconforto no abdômen.

Sintomas sistêmicos

  • Fadiga: Sensação de cansaço constante.
  • Alterações de humor: Ansiedade e depressão.
  • Problemas de pele: Acne, erupções cutâneas e eczemas.
  • Infecções frequentes: Sistema imunológico enfraquecido, levando a infecções recorrentes.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico de disbiose intestinal geralmente envolve várias etapas para avaliar o equilíbrio da microbiota intestinal e excluir outras condições. Vamos aos métodos comuns usados no diagnóstico:

  • Histórico clínico e avaliação de sintomas: o médico começará com uma avaliação detalhada do histórico médico e dos sintomas do paciente, como problemas digestivos, fadiga e problemas de pele.
  • Exames de fezes: análises de fezes podem identificar a composição da microbiota intestinal, detectar patógenos e medir marcadores inflamatórios.
  • Testes de respiração: testes de hidrogênio ou metano expirado podem ser usados para detectar supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO), uma forma de disbiose.
  • Testes de sangue: Podem ser realizados para verificar deficiências nutricionais ou sinais de inflamação que podem estar associados à disbiose.
  • Endoscopia e colonoscopia: Em alguns casos, procedimentos endoscópicos podem ser necessários para examinar o revestimento intestinal e coletar biópsias para análise.

Qual é o tratamento para disbiose intestinal

O tratamento para disbiose intestinal envolve uma abordagem multifacetada para restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal. Aqui estão as principais estratégias:

Ajustes na dieta

  • Aumentar a ingestão de fibras: Consumir alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, legumes e grãos integrais, para promover o crescimento de bactérias benéficas.
  • Reduzir açúcares e alimentos processados: Evitar alimentos que alimentam bactérias nocivas.
  • Dieta com baixo FODMAP: Pode ser útil para reduzir sintomas de distúrbios digestivos.

Probióticos e prebióticos

  • Probióticos: Suplementos ou alimentos fermentados que contêm bactérias benéficas.
  • Prebióticos: Fibras que alimentam as bactérias boas já presentes no intestino.

Evitar uso excessivo de antibióticos

  • Usar antibióticos apenas quando absolutamente necessário e sob supervisão médica para evitar a destruição de bactérias benéficas.

Gerenciamento do estresse

  • Técnicas de redução de estresse, como meditação, yoga e exercícios regulares, podem ajudar a melhorar a saúde intestinal.

Hidratação adequada

  • Beber bastante água para ajudar na digestão e manter a saúde intestinal.

Tratamento de condições subjacentes

  • Abordar quaisquer condições de saúde que possam estar contribuindo para a disbiose, como infecções intestinais ou doenças inflamatórias.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico de disbiose intestinal geralmente envolve várias etapas para avaliar o equilíbrio da microbiota intestinal e excluir outras condições. Aqui estão os métodos comuns usados no diagnóstico:

  • Histórico clínico e avaliação de sintomas: o médico começará com uma avaliação detalhada do histórico médico e dos sintomas do paciente, como problemas digestivos, fadiga e problemas de pele.
  • Exames de fezes: análises de fezes podem identificar a composição da microbiota intestinal, detectar patógenos e medir marcadores inflamatórios.
  • Testes de respiração: testes de hidrogênio ou metano expirado podem ser usados para detectar supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO), uma forma de disbiose.
  • Testes de sangue: Podem ser realizados para verificar deficiências nutricionais ou sinais de inflamação que podem estar associados à disbiose.
  • Endoscopia e colonoscopia: Em alguns casos, procedimentos endoscópicos podem ser necessários para examinar o revestimento intestinal e coletar biópsias para análise.

Consulta com especialista

É essencial consultar um gastroenterologista para um diagnóstico preciso e para determinar o melhor curso de tratamento, que pode incluir mudanças na dieta, probióticos e outras intervenções.

É possível evitar a disbiose intestinal? 

Sim, é possível adotar medidas para evitar a disbiose intestinal. Aqui estão algumas estratégias:

Dieta balanceada:

  • Consumir uma dieta rica em fibras, com frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos fermentados que promovem bactérias benéficas.
  • Limitar alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas.

Uso racional de antibióticos:

  • Utilizar antibióticos somente quando necessário e prescrito por um médico para evitar a destruição das bactérias benéficas.

Gerenciamento do estresse:

  • Praticar técnicas de relaxamento, como yoga e meditação, para reduzir o impacto negativo do estresse no intestino.

Hidratação adequada:

  • Beber bastante água diariamente para manter o equilíbrio adequado do trato digestivo.

Exercício regular:

  • A atividade física regular pode ajudar a manter um microbioma saudável.

Consumo de probióticos e prebióticos:

  • Incluir alimentos ou suplementos probióticos para manter um equilíbrio saudável da flora intestinal.

Manter um estilo de vida saudável e fazer escolhas dietéticas conscientes são fundamentais para prevenir a disbiose intestinal e promover a saúde geral do sistema digestivo.

Doenças relacionadas à disbiose intestinal

A disbiose intestinal, um desequilíbrio na microbiota intestinal, pode estar associada a várias condições de saúde. Algumas dessas incluem:

  • Síndrome do intestino irritável (SII): alterações na microbiota intestinal podem exacerbar sintomas como dor abdominal, inchaço, diarreia e constipação.
  • Doença inflamatória intestinal (DII): inclui a doença de Crohn e colite ulcerativa, onde a disbiose pode contribuir para a inflamação crônica do trato digestivo.
  • Doenças metabólicas: a disbiose pode influenciar o desenvolvimento de obesidade, Diabetes mellitus tipo 1 e síndrome metabólica.
  • Alergias e intolerâncias alimentares: desequilíbrios na flora intestinal podem aumentar a permeabilidade intestinal, facilitando reações alérgicas e intolerâncias alimentares.
  • Distúrbios autoimunes: a disbiose pode desempenhar um papel no desencadeamento de respostas autoimunes, afetando condições como artrite reumatoide e lúpus.
  • Problemas de pele: condições como acne, eczema e psoríase podem estar relacionadas a desequilíbrios na microbiota intestinal.

Abordar a disbiose com mudanças na dieta, probióticos e um estilo de vida saudável pode ajudar a mitigar os sintomas dessas condições e melhorar a saúde geral.

Você tem alguns destes sintomas? Agende agora mesmo uma consulta com nosso especialista Dr. Samuel Okazaki.

Responsável Técnica: Dra. Leticia Odo, MÉDICA – CRM-SP: 150.466
Especialidade: Cirurgia Plástica, RQE: 35.210